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Valenciano faz maquetes e resgata a história

  • Foto do escritor: Ana Cláudia Terra
    Ana Cláudia Terra
  • 22 de fev. de 2022
  • 2 min de leitura

Artesão de Valença se destaca nas redes sociais com maquetes de prédios históricos.



“Você tem que preservar o que você tem para ter história”. Essa é a frase do Marcos Silveira Melo, aposentado, 59 anos, que tem ganhado atenção nas últimas semanas com publicações dos seus trabalhos. Os mais famosos são as réplicas da Igreja Nossa Senhora da Glória e o antigo Casarão das Artes. Ele usa materiais recicláveis, como madeira, papelão, papel paraná, cola e conta como é o preparo para fazer os trabalhos manuais. “Colo papel paraná em cima do papelão para criar uma textura especial, envernizo para preservar, mas antes faço um tratamento no papelão, passo álcool e hidratante”.


Marcos viralizou nas redes sociais com publicações de suas maquetes, chagando a ter mais de 844 curtidas em uma das postagens. Comentários de incentivo e parabenizando o artesão são comuns, mostrando como o trabalho manual pode recuperar a identificação da população valenciana com a história da região.


“Estou querendo resgatar a história de Valença, dos casarões e da ferrovia. Na época de ferrovia, Valença era uma maravilha, tinha muito emprego e as construções eram muito bonitas”. Marcos, além da Igreja e o Casarão, ele já fez as estações de Conservatória, Barão de Juparanã, Rio Bonito, Pentagna e está terminando o Hotel Valenciano. Ainda fez réplicas dos trens da região e de vários modelos de barcos. Ele já tem planos para fazer o prédio do Colégio Theodorico Fonseca e da Rodoviária Princesa da Serra, na época da estação e mostrou determinação de refazer todas as construções centenárias de todo o município. Ele também faz a parte elétrica das maquetes, instala luzes e faz o mecanismo para os trens andarem.


Como são prédios que já passaram por algumas reformas, Marcos tem a preocupação de buscar a originalidade deles. “Eu vou onde fica o prédio, tiro fotos, faço perguntas. Sempre vou atrás das pessoas que trabalharam no local”, diz o artesão. Ele procura fotos na internet e com órgãos públicos para criar com riquezas de detalhes, as construções.


Como Hobbie

Marcos descobriu seu talento para o artesanato muito novo, mas só depois de aposentado resolveu investir e trabalhar no seu hobbie. Filho e neto de maquinistas, ele tem uma grande paixão por trens e barcos, que foram seus primeiros trabalhos.



Ele está trabalhando para fazer uma exposição, pois acredita na importância de a população conhecer a história de Valença, “hoje você só vive de recordações e fotos”. Ele relata que na casa dele não tem condições de colocar todas as maquetes, pois elas são muito grandes, então espera ter um lugar para expor fixamente e poder completar a cidade de Valença e seus distritos “pretendo fazer essa exposição, quero que tenha um guia lá para poder contar as historias dos prédios. Se eu tivesse um lugar grande, eu queria pegar fotos de Valença e fazer uma maquete da cidade todinha, ainda irei fazer isso”.


Valença RJ - 2019. Texto escrito para a publicação impressa e digital do Jornal Local.

 
 
 

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